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terça-feira, 10 de maio de 2011

Idosos preferem mercado de trabalho a aposentadoria


As pessoas com mais de 60 anos estão adiando cada vez mais a aposentadoria e assumindo o controle total da vida financeira.
Foi o que constatou pesquisa realizada pelo Banco HSBC e pelo Oxford Institute of Ageing em 21 países do mundo, entre eles o Brasil. Intitulada O futuro da aposentadoria – a nova terceira idade, a pesquisa mostra que, mais longevos, com a saúde em boas condições e prontos para encarar novos desafios, os idosos se tornaram importante fonte de sustento para as famílias. São grandes pagadores de impostos e consumidores dos mais exigentes. Mesmo entre aqueles que decidiram “pendurar as chuteiras”, a postura em relação à vida é mais otimista, particularmente entre os brasileiros.

"A maioria dos 21 mil entrevistados diz que ter 70 anos hoje é o mesmo que ter 50 duas décadas atrás”, relata Marcelo Teixeira, diretor-geral da HSBC Vida e Previdência. No Brasil, o levantamento ouviu 1.001 pessoas, todas vivendo nos grandes centros urbanos e com renda mensal familiar acima de R$ 1,5 mil.

A maior disposição para a vida, segundo Richard Jones, executivo-sênior de Previdência Complementar do HSBC, está levando os trabalhadores a refutarem a aposentadoria precoce, muito difundinda nos anos de 1970 e 1980, em resposta ao elevado índice de desemprego entre os jovens. A pesquisa mostra que, no mundo, quase 50% das pessoas com 40 e 50 anos empregadas esperam continuar no mercado até quando for possível. Este é o caso de José Antônio Martins Itapary, 72 anos. Ele trabalha desde os 19 anos e não tem planos de deixar o emprego no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), onde já foi até presidente e está há 29 anos. “Enquanto Deus me ajudar vou continuar trabalhando. É muito bom para manter um relacionamento e um contato com pessoas jovens”, diz.

Dos entrevistados, somente 12% esperam a aposentadoria antecipada. “Muitos homens e mulheres estão repensando se podem ou querem seguir os passos de seus pais e deixar o mercado de trabalho tão cedo, num momento em que ainda estão bastante produtivos”, ressaltou.

Ao detalhar a pesquisa, Jones afirmou que, em todas as economias pesquisadas, 67% das pessoas com mais de 60 anos que continuam trabalhando afirmaram que o fazem por vontade própria. Ele reconheceu, porém, que essa realidade exigirá uma mudança significativa na postura de governos e das empresas. “O setor público terá de flexibilizar as leis trabalhistas, de forma que os mais velhos possam ter a opção de escolher quantas horas vão trabalhar. As empresas também devem se adequar à exigência dessa mão-de-obra qualificada, se quiserem trazer de volta para o mercado pessoas que estão aposentadas mas resolveram obter uma nova fonte de renda”, destacou.
Longe da miséria
Para comprovar a força dos idosos na atual estrutura da sociedade, Richard Jones recorreu a um item importante da pesquisa: a assistência financeira. Das pessoas com mais de 70 anos, 44% arcam com despesas dos filho. Entre os que têm 60 e 69 anos, 16% cobrem as despesas dos netos. Da população com mais de 70, 33% sustentam os netos. Quase metade das pessoas com mais de 60 anos dá assistência financeira a outros membros da família. “Além desse suporte, há os auxílios práticos, como casa, comida e cuidados pessoais, concedidos a familiares, e os trabalhos voluntários, que, se pagos, movimentariam bilhões de dólares”, enfatizou.
Na avaliação da professora Sarah Harper, diretora do Oxford Institute, a pesquisa — considerada a mais ampla quando de trata de envelhecimento da população — mostra que a contribuição dos idosos para a economia vai além dos contra-cheques que recebem, seja como trabalhadores da ativa, seja como aposentados.

O estudo mostra ainda que, longe de ser uma época de penúria e fraqueza, a vida para a maioria das pessoas com 60 ou 70 anos é caracterizada pela independência, controle e boa saúde. “Estamos falando de pessoas que são um ativo extraordinário para a sociedade e não um peso”, assinalou Stephen Green, presidente mundial do Grupo HSBC. Ele também chamou a atenção para os desafios que estão colocados: “O envelhecimento da população mundial durante a próxima metade do século trará mudanças profundas para as sociedades”.
Fonte: http://www.correioweb.com.br/

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